Sempre concordei com o povo, tão rico em sabedoria popular. No seu “Mais vale sê-lo que parecê-lo” apoio-o em absoluto.
Nesta fábula, temos todos os ingredientes de sucesso, senão vejamos:
- A vaca é gordinha e anafada…super demodé, porque todos sabemos que o tempo das vacas gordas já acabou [pelo menos, para alguns] há que tempos.
A expressão “estou gorda como uma vaca” tornou-se, portanto, obsoleta.
- A vaca é pedagógica: expõe o Ciclo da Vida, salientado que cada um dá o que tem. Se a Vaca está em crise, deprimida, deixando de dar leite, ninguém tem culpa! Esta [nova] Vaca, resultado da transmutação genética, agora, dá trabalhos…de casa. [“ok, não se pode ter tudo, temos que viver com o que temos” é o novo cliché popularucho.]
- Ah, esta estória de associarmos comportamentos duvidosos a animaizinhos tão simpáticos como vaca, cadela ou cabra [mesmo que eu os utilize, também, sobretudo em momentos em que “estou uma búfala”] tem que ser revisto, de preferências anexado às Medidas de Austeridade. E eu devo ser muito burra, porque não compreendo a indignação manifestada…ok, não sou prof., que é profissão de risco elevado e gosto demasiado de mim para me expor desnecessariamente. No entanto, sendo um lugar-comum, aplicável a tudo e todos, “quem não está bem, muda-se”.
Fábulas para bói dormir, aliadas à onda [eufórica] futebolística, à visita de Sua Santidade, à proximidade do Rock in Rio…e os bóis deixam-se levar, encarneirados e alheados à verdadeira [triste] realidade.
Mas vão senti-la, a partir de 01 de Junho…na carteira.
Moral da fábula: o livro [já] vai na 4ª edição…é bom sinal: a cultura caminha a passos largos para a Evolução …
Cauística, eu?! Nem por isso…
Prefiro sê-lo a parecê-lo...porque "ter a fama e não ter o proveito", no way!
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