quarta-feira, 23 de junho de 2010

Solta-te...







Espreito por uma porta encostada
Sigo as pegadas de luz
Peço ao gato "xiu" para não me denunciar
Toca o relógio sem cuco
Dá horas à cusquice das vizinhas e eu,
Confesso as paredes de quem gosto
Elas conhecem-te bem


Aconchego-me nesta cumplicidade, deixo-me ir
Nos trilhos traçados pela saudade de te encontrar
Ainda onde te deixei


Trago-te o beijo prometido
Sei o teu cheiro, mergulho no teu tocar
Abraças a guitarra e voas para além da lua


Amarro o beijo que se quer soltar
Espero que me sintas para me entregar
A cadeira, as costas, o cabelo e a cigarrilha
A dança do teu ombro...


E, nesse instante em que o silêncio
É o bater do coração
Fecha-se a porta
Pára o relógio
As vizinhas recolhem
Tu olhas-me...


Tu olhas-me...


Trago-te o beijo prometido
Sei o teu cheiro, mergulho no teu tocar
Abraças a guitarra e voas para além da lua


Amarro o beijo que se quer soltar
Espero que me sintas para me entregar
A cadeira, as costas, o cabelo e a cigarrilha
A dança do teu ombro...


E, nesse instante em que o silêncio
É o bater do coração
Fecha-se a porta
Para o relógio
As vizinhas recolhem


Tu olhas-me...
Tu olhas-me...


Espreito por uma porta encostada
Sigo as pegadas de luz
Peço ao gato "xiu" para não me denunciar

...e arrepias-me!

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