“(…) O Dicionário Básico de Língua Portuguesa, da Porto Editora (capa azul), que custa 5,5 euros, apresenta palavras como "c..." (órgão sexual masculino), "c..." (órgão sexual feminino) e "f..." (acto sexual). Este já circula entre os alunos que frequentam o 1.º ciclo do Agrupamento Vertical de Escolas Cetóbriga, em Setúbal, originando a indignação dos pais e dividindo os docentes.
Mas há muitas mais onde está a ser usado. Várias livrarias contactadas pelo DN em Lisboa, Almada, Barreiro e Setúbal confirmaram a procura do dicionário e por recomendação dos professores do ensino básico. E a Porto Editora revela que o dicionário em que surgem os "vulgarismos" está a ter mais procura este ano, embora desconheça o motivo. O critério para os dicionários destinados aos alunos dos 1.º e 2.º ciclos do Ensino Básico "é não registar vulgarismos", pelo que não é recomendada para crianças entre os seis e os dez anos. (…)”
Assim são apresentadas certas palavras que não acrescentam nenhuma cultura, conhecimento ou mais-valia, sobretudo a crianças do Ensino Básico.
Que as conhecem? (Infelizmente?). Perfeitamente, de acordo…
Também os adultos as conhecem, bem como o seu significado (e sem recorrer ao uso do dicionário!), sem que isto significa que as utilizem a seu bel-prazer.
Os “vulgarismos”, tal como as palavras “caras”, ie, de cariz tecnicamente erudito, devem ser utilizadas com parcimónia (esta palavrita encontra-se no limite de ambas as categorias…). Quando utilizadas com demasiada frequência e/ou banalidade, perdem o impacto necessário, perdem a vontade de chocar/surpreender, perdem…perde-se tudo!
Se neste pequeno quintal onde circulamos perdem-se valores, conquista, respeito, dignidade…que não percamos o sentido (ou o sabor!) das palavras…
… Bendita a decisão que tomei há anos…
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