segunda-feira, 29 de junho de 2009

Pobretes, mas alegretes


Não vi tv, nem li jornais no fim de semana. Desintoxicação geral, ouvi a Natureza, a chuva [e de que maneira], ouvi-me a mim própria [confesso que escutei-me ao berros e gritos] e deparo-me agora com esta notícia .

(…) “Estas condições deficientes ou más coincidem com o nível de satisfação com a vida: em Portugal, ele é dos mais baixos, comparado com outros países da União Europeia. Mas o grau de satisfação (6,6 numa escala de 1 a 10) está claramente acima do ponto médio da escala, tal como o da felicidade (que chega aos 7,3 em 10).”

Não acredito no que leio: não acredito na Felicidade dos portugueses, povo lamuriento por definição, basta andar na rua para vermos o ar cabisbaixo, que não é de agora, o semblante franzido.

"(...) Baixo grau de confiança Do mesmo modo, 63 por cento recusa a possibilidade de emigrar. O "apaziguamento" verifica-se ainda em relação às habilitações: só uma minoria deseja voltar a estudar; muitos acham que já não têm idade (51 por cento) ou que não têm tempo (25 por cento). Só em questões relacionadas com a sociedade do conhecimento - aprender línguas, utilizar a Internet, explicar ideias por escrito, acompanhar o estudo dos filhos - a maior parte dos inquiridos revela vontade de progredir."

A “auto-esgrima” anda pelas ruas da amargura [afinal, não é só a minha], e não me parece que as reais preocupações dos portugueses sejam o futebol, a crise, o roubo descarado e os parceiros saco-azul.
As décadas sobrepõem-se e ficamos cada vez mais para trás, mais para trás, perdidos na linha do infinito da Europa e do Mundo…



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