terça-feira, 25 de agosto de 2009

Nortada

A Nortada levanta areia. Muita areia, que se entranha não só no corpo, mas na alma. A água do mar, tocada a vento, está fria, quase gelada e o vento corta a minha pele molhada. Saio do mar, como quem sai de casa, sem saber se volta.

Regressando mais cedo, terminei o livro que queria terminar e encontrei-te sem esperar. Reencontros que têm sabor a partidas, porque o Verão está a chegar ao fim, é [quase] tempo de trocar as havaianas pelos sapatos, de trocar os cabelos sempre molhados e presos por uma mola pelo (des)penteado convencional. Porque o regresso está para breve e a nostalgia invade-me, como se algo me fugisse por entre os dedos e eu, impotente, não consigo reter o Tempo.

Bebo cerveja, trinco tremoços, mastigo pastilhas de sabor a manga, na esperança de perpetuar o Tempo, a mim e a ti, neste Tempo que nos separa...porque o que já foi não volta.


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