terça-feira, 6 de outubro de 2009

Acordei com os pés-de-fora






Eu e todo o mundo, parece-me. Chata, chata, muito chata. Boooooring. Sem interesse por coisita nenhuma, excepto por chegar a casa. Lar, doce Lar, meu refúgio. De pessoas e emoções.

Lutando contra o tempo, cheguei. E mal ligo a televisão, deparo-me com [aquilo que vim a concluir mais tarde] o 17º aniversário da SIC.



A minha televisão é normal, ie, tem outros canais e, em opção, o botãozinho off funciona na perfeição. Mas era tão mau que, numa onda de auto-sofrimento, olhei o écran durante algum tempo, estupefacta: pois era a Fátinha Lopes (a apresentadora, nada de confusões), a Ritinha Ferro Rodrigues e …a Soraia Chaves, que agora é conhecida declamadora/narradora/whatever. Esta pequena, com cara de velha [pois o corpo, o corpo da Soraia Chaves…é igual ao de todas as minhas colegas e amigas naquela idade, homenagem lhes seja feita] que se despiu n’O Crime do Padre Amaro e ganhou o rótulo de actriz, consta-me que fez uns workshop de fim-de-semana em Madrid e agora coloca a voz no mesmo timbre da Maria de Medeiros. À Maria, já nos habituamos, figurinha frágil, de grandes olhos de espantadinha, mas como vai fazendo umas coisas lá por terras francesas, não incomoda muito. Ora a boa da Soraia, com 1,80 m, saltos incluídos, siliconada até à ponta das unhas, com vozinha tímida e muito baixinha, de gente bem [gente-bem não grita, ‘tá?, só o povão é que berra…], não está a dar.
A Fatinha e a Ritinha no seu estilo de mulher-de-futebolista brasileira: cabelos pintados e esticadérrimos e unhas pintadas de negro, disputavam atenções, com gritinhos de [falso] entusiasmo.



Pela minha sanidade, não consegui ver mais nadinha.



Mas, parabéns à SIC, pelo bom trabalho desenvolvido ao longo do tempo e nós sabemos que não é fácil empreender neste Portugal dos Pequeninos.


Acordei com os pés-de-fora…Há coisas assim!

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