sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Feira da Golegã






Um bocadinho longe vai o tempo, em que eu, adolescente inconsciente, seguia religiosamente, ano após ano, a Feira da Golegã. Com o regresso às aulas, era o acontecimento mais in do Outono.

Sempre gostei de animais e cavalos incluídos, mas, excepto o Hipódromo do Campo Grande, não se vêm todos os dias, nas cidades. Pronto, ok, Sintra e as charretes…mas apenas isso!

A Feira da Golegã era, enfim, não sem certa vaidadezinha, precocemente ambicionada, combinada, levada ao detalhe…a indumentária, que combina o uso de chapéu [adoro-os, mas sem grande coragem para usar no dia-a-dia; esta era a oportunidade do ano], os namoricos, e, sim, os cavalos, os cavalos e o seu mundo.

Com o tempo, a Feira popularizou-se demais e, pouco a pouco, distanciei-me: as multidões incomodam-me, o acotovelar constante também, as bebedeiras [dos outros], então, nem pensar! Só mantenho o interesse [porque não chamar-lhe fascínio?!] pelos cavalos…

Este
artigo traduz, com verdade e muito humor, aquilo em que a Feira da Golegã se tornou: numa Feira de Vaidades.


Então e no final, essa gente toda fica por lá? E a vila aguenta?

O dia seguinte é, claro, a parte mais dolorosa da festa. Não só pela ressaca (e, acredite, o abafadinho é propenso a esse tipo de efeito fisiológico) mas porque muitos dos noctívagos ficam nos carros a dormir e no dia seguinte acordam com as respectivas dores nos ossos. Por isso há certas regras que os veteranos nestas andanças respeitam sempre: chegar cedo para arranjar lugar perto do recinto e longe da confusão, levar umas mantas porque as noites são frias na região e acordar cedo no dia seguinte para arranjar onde comer, antes de seguir viagem. Isto, ou levar quem se disponha a festejar sem tocar em álcool. E se ouvir alguém dizer "mas eu estou bem para conduzir" lembre-se: são 130 km até Lisboa e uma brigada da GNR em cada rotunda.

1 comentário:

S* disse...

Oh... parece ser uma feira merecedora de visita. Aui na santa terrinha pouco se passa...