As pequenas ondas de maré-cheia salpicam-me as pernas sob a areia esticadas. Os salpicos emitem pequenos sons, chamam-me. O Sol (já) quase se esconde detrás da colina, brinda-nos com os seus raios alaranjados, prenúncio de um óptimo dia seguinte.
Num ímpeto, levanto-me:
“- Estás doida?! Vais ter frio…”
“ - É só um…só um mergulho” - rasgo num sorriso matreiro.
A partir de agora, qualquer um pode ser o último: o último dia de calções cor de rosa a condizer com biquinis primaveris, de pernas bronzeadas, onde o sal deixa a sua passagem, de cabelos sacudidos e dias inteiros descalça…A partir de agora, qualquer instante pode traduzir um adeus à (minha) baía, às (minhas) águas, à (minha) praia…para mim, será sempre um “até já”…com o coração despedaçado de saudade!
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