Numa frequência diária de 3 ou 4 pela manhã (calma, não se assustem…), V. e eu trocamos mails, entrecalados pelo (muito!) trabalho que nos assola. Chamamos-lhes “pequenos mimos”: saber que estamos no mesmo barco, cada um de um lado do écran, mails quase telegráficos são muitas vezes suficientes para iluminar os nossos dias de (intenso) trabalho e responsabilidade. Neles, expressamos confidências, desabafos, os nossos pequenos-nadas...que podem ser tudo.
Recordo este*, com um enorme sorriso:
“I ennnnnnnntôôônnnsissss
…. Comiiii quiiiii estáiiiiiiiiiiiiiiisssssssssssss?....
Com esssssstiiii soliiiiii maravilhoso….. e tuuuuudddooooo mmmaiiiiissssss….
Como estou aquiiiiiii fechado…..
…
..
Hum…..”
É impossível não largar (em surdina, como só eu sei fazer, é o chamado “rir para dentro”) uma gargalhada e usar um tradutor para decifrar esta mensagem, que me enche de alegria…
Em concreto, não me recordo o dia desta mensagem.
Basta-me sorrir e saber que amanhã, e depois de amanhã, e depois de depois de amanhã, V. está lá ... e outra risada igual me espera, transformando dias amorfos, tristes e sem-graça, em dias sorridentes...
* publicado com a autorização de V., obviamente
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