As palavras mais belas escreveste-as no coração.
Fecho os olhos e leio-as dentro de mim,
saboreando cada sílaba, cada interjeição,
cada pedaço de pele (tua),
cada pedaço de oxigénio meu.
Se fosse um elixir de vida,
este sorriso será sempre teu:
Arranco-te o que mais gosto (de ti),
esse (teu) sorriso trocista,
que escorrega (deliciosamente)
pelo meu corpo (que é teu).
Não sei se (te) amo mais,
sei apenas que tu (me) amas melhor:
... tu que amas os meus defeitos.
Sei (apenas) que (te) amo muito;
determinação indómita, que esfarrapa os obstáculos.
(...)
Preenches-me cada pedaço de pele,
com beijo e sorrisos:
tu amas-me melhor.
SONETO 5
Amei-te. Amei-te muito. E estou cansado
de dizer que te amei, que te amo ainda.
Amei teu corpo com meu corpo alado.
E amei-te porque és feia e porque és linda.
Amei tudo em ti. Os teus olhos feitos
com o pão e o mel que comeu Moisés.
Tua boca cheia com os meus defeitos.
Teu corpo perfeito da cabeça aos pés.
Amei-te uma, duas, um milhão de vezes
como sendo sempre a primeira vez.
Escrevi até, sobre isso, duas teses.
Não sei se amor assim alguém o fez.
Malgré tout, como dizem os franceses,
ainda o faço uma vez por mês.
~ Joaquim Pessoa ~
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