segunda-feira, 15 de junho de 2015

Silencia/me


O silêncio tem o sabor de amoras silvestres, negras e brilhantes como a noite que abraça os pensamentos.

Sentes o cheiro das estrelas? 

Eu não o sinto; tenho a pele (ainda) impregnadados toques macios e deslizantes, do silêncio a massajar o corpo.

Pressentes o rasto dos sonhos?

Dos sonhos que desenhei para ti, em estátuas e em nuvens, no silêncio do traço fino.

E passeio nos telhados de casas vazias, encontro o silêncio - o teu e o meu -, que me grita, despenteia, empurra-me. Beija-me.



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