Sabemos que andamos (sempre!) em busca, numa procura incessante de algo, parecendo (sempre!) que nos falta “um não sei quê” que nos completaria ou faria [mais] feliz.
Torna-se fácil se essa busca for material. Basicamente, o problema está resolvido, sendo atingível ou não. Ponto.
Não o sendo, encontramo-nos perante a grande complexidade que qualquer individuo atravessa. Que procuramos nos outros? Genuinidade? Inteligência vrs humor? Originalidade? Alguém que seja, verdadeiramente, diferente, porque o ser comum… enfim, comum ninguém quer ser.
No entanto, o ser normal é o ser natural e pode tornar-se uma raridade (partindo do princípio que o conceito é altamente variável…).
Essa raridade, encontrada na naturalidade, abraça a concepção de equilíbrio/sensatez, empenhamento e tenacidade qb, paixão em dose certa [sem tocar a obsessão, e, atenção, que a linha é muito ténue], inteligência vrs humor, claro, e não pode faltar a estabilidade [talvez alguém se lembre que referi anteriormente não suportar personalidades com “clima dos Açores”, as que amam de manhã e odeiam à tarde, as inconstantes, que mudam de querer ao sabor do vento].
Expresso assim, parece uma monotonia terrível e assustadora. Observando cuidadosamente não é.
Esquecendo egocentrismos injustificados, a tal procura de algo que não sabemos definir [quantas vezes alguém pronunciou: “falta-me alguma coisa, mas não sei o que é”…], torna-se absurda e desnecessária.
Abrandando um pouco o ritmo desenfreado, dando-nos ao luxo de olhar ao redor, a naturalidade pode estar ao alcance de qualquer mão.
…atravessar a vida de mão dada é tão bom!
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