Não é tão bem conseguido como o "Gato Preto, Gato Branco", mas com o mesmo grau de distracção, para quem sabe que Kusturica ri para não chorar.
Durante o conflito da Bósnia, a guerra, a pobreza extrema, a destruição total, estas personagens tresloucadas e frenéticas, vivem ao som das bandas destruturadas, mas sempre a tocar.
Aqui, a história não interessa nada: Luka pretende transformar o seu caminho-de-ferro numa atracção turística, precisamente quando a guerra rebenta. Milos, o seu filho, que estava prestes a ser contratado pelo Partizan de Belgrado, como grande estrela de futebol, vai para a guerra, sendo feito prisioneiro. Enquanto isso, a sua mulher, uma ex-cantora de ópera (um pouco louca!), foge com um músico húngaro; e Luka apaixona-se por uma enfermeira muçulmana, porque o amor pode acontecer a qualquer momento, mesmo no meio de bombardeamentos e explosões...(e ainda bem!...)
Ao fundo, como uma praga, a música...sempre a música de Kusturica.
Esta é a minha opção para esta noite.
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