Esta semana, num dia como outro qualquer, tomava o café matinal com uma colega, enquanto ouvia o seu resumo das reuniões ocorridas de véspera. Era fácil e audível, para quem nos rodeava, aperceber-se do teor da conversa, aliás, (infelizmente) nos tempos que correm…
A dada altura, uma “pessoa-colega” de uma das empresas dos edifícios adjacentes, perguntou-nos o que fazíamos, em termos profissionais. Respondendo, passei a segundo plano, enquanto a minha colega explicava ao nosso interlocutor a situação em que se encontra.
Enquanto isso, permiti-me ausentar e reflectir: que importância tem o que faço? Que importância tem a hierarquia ou o lugar que ocupo na Organização?
…Devo ter um karma: é frequente perguntarem-me “o que faço”, profissionalmente falando. Não encaro como uma forma de “meter conversa”, mas tenho sempre vontade de responder que o que faço nada ou pouco revela de mim… Preferia que me perguntassem qual a minha cor favorita, ou a minha Estação do Ano de eleição, ou os 5 livros/filmes que mais me marcaram…qualquer destas insignificâncias é mais designativo de mim do que aquilo que faço, que é, apenas, uma passagem.
Será muito audaz?!
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