domingo, 18 de outubro de 2009

Barómetro






Tenho uma espécie de barómetro para medir/avaliar o interesse que as pessoas me suscitam. Pessoas conhecidas ou semi-desconhecidas, não apenas no que nos é dado a conhecer nas primeiras impressões [de acordo com os critérios estipulados por cada um], mas para decidir se “vale a pena…”.

Neste barómetro, estipulei uma hora: se conseguir conversar animadamente com uma pessoa uma hora sem me aborrecer, considero que vale a pena investir numa convivência mais próxima. De certo modo, esta hora permite-me concluir se tem pernas para andar

Normalmente, ao fim de 7 ou 10 minutos, já estou aborrecida. Certamente, a culpa será minha, mas as pessoas são-me [quase] sempre tão desinteressantes…

Ultrapassado o barómetro [e não é frequente], dou a entender que gostaria de conversar outras vezes com essa pessoa. Mas serei tão subtil que ela não entende, ou não está mesmo interessada…o certo é que levo cada tampa que até dói [bem, contém algum exagero, porque também não sou de me expôr de qualquer maneira...mas uma tampa que seja, já dói!!

Talvez porque não nos voltamos a encontrar no sítio certo, no momento exacto, ou serei eu [também} desinteressante…de facto, não sei!
Sei que lastimo o que poderia ser e nunca acontecerá.

Estou certa que muitas vezes sentimos que somos nós que procuramos mais os outros [sugerimos saídas, enviamos emails e sms’s, forçamos encontros] e nunca são os outros a tomar a iniciativa. Confesso que já me cansei de ser a única que [parece] queria manter contacto.

Agora, só amo quem me ama! Mas a sensação de perda é enorme…porque já temos idade para ter juízo e saber que as amizades são um bem precioso.

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