domingo, 18 de outubro de 2009

Riscos






Ontem à tarde, na converseta com o puto-giraço [e a propósito das eternas filas de trânsito na Ponte – tema muito amplo – porque as conversas são como as cerejas], disse-me:
-“ Quando vou a Lisboa é sempre de moto.”
- “Ai, rapaz, já sei” – brandei aos Céus – “vocês e as motos…’inda hoje quando vinha pra cá, passou um por mim, prai a 200, encolhi-me toda…”
- “É uma roleta-russa” – respondeu, com aquele ar [que já lhe conheço] de quem gosta de viver ao limite. Ar de quem “já espatifou 2 e poucos ossos tem sem remendos”.
Apenas abanei a cabeça, cuja tradução é: “Ó rapaz, não tens emenda!”
- “Tens a vantagem que, normalmente, as BT são mais condescendentes convosco, porque também gostam de motos” - e a resposta foi um aceno de concordância, acompanhado dum sorriso maroto, tipo “Estás a ver como sabes?!”.


Aflige-me este constante desafio, viver num risco permanente. Sou incapaz de conceber a ideia, segurança para mim é tudo [em todas as áreas] e, num flash, passaram por mim todos os “apertos” que já vivi...e que não gostaria de repetir.

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