[antes de almoçar, recebi uma notícia que me deixou muito FELIZ, portanto, ao sair para almoçar, o meu estado de ânimo era, simplesmente, radiante…]
Raramente prescindo do toque afável do jornal, pousado no colo, durante o almoço: caso me “desligue” da conversa, tenho ali um amigo; se a conversa não me interessar, o jornal induz-me sempre temas de interesse.
Saio a correr atrás da padilha, deito a mão ao jornal: à mesa, os assuntos são trabalho. “Mas não foi já proibido falar de trabalho durante o almoço?” – grita a Cris. Na nossa mesa de seis, é difícil diminuir a algazarra. Discretamente, folheio o jornal, e eis que encontro .
Exijo silêncio e leio a notícia em voz alta, com a minha boa dicção, dando ênfase às frases mais emblemáticas e ignorando quem nos rodeia:
“ (…) Ainda de acordo com o El Mundo, o jovem padre gastou cerca de 17 mil euros em linhas telefónicas eróticas e na difusão de anúncios na Net.
"Para mulheres ou casais, bem dotado (15 cm), sou aberto a tudo menos ao sadomasoquismo, não lamentarão, dar-vos-ei prazer como nunca", prossegue o anúncio do El Mundo, acompanhado de uma foto do padre, em cuecas.
Segundo o jornal, o sacerdote cobrava 50 euros por 15 minutos e 120 euros por uma hora nestes encontros sexuais.”
Risota pegada, as bocas soltam-se como géisers [sendo os rapazes mais discretos, of course]: “15 cm?!”, “a vida ‘tá difícil para todos…”, “há menos paroquianos…”
Já não me bastava o padre caçador , agora o Sacerdote Gigolô, “demitido” por (sic) “ motivos lamentáveis”…Lamentável, sim, ter sido descoberto o negócio de rent-a-man!
Afinal, o Sacerdote Gigolô presta(va) serviços muito consideráveis ao seu rebanho.
E recuso-me a mostrar a fotografia “publicitária” dos seus atributos, alegando. “Meninas, não! Sou vossa amiga: depois de verem a foto, não vão querer transar, no mínimo, durante 3 anos!”
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