sábado, 13 de março de 2010

Sábado [não muito] diferente



Desafiando os planos estabelecidos, rumo à Vila com a Pipoquinha por companhia. O apelo do Sol é demasiado forte para lhe resistir [e quem quer resistir?!]. Percorro o trajecto em “piloto-automático”, absorta em divagações e pensamentos…como é hábito!

Na Vila, as horas sucedem-se, velozes, entre acenos e cumprimentos, os “melrinhos”, que sempre me recebem com satisfação…e este Mar, o meu Mar à minha espera, sempre, sem perguntas, sem julgamentos, mas com sorrisos transformados em espuma.

Ao entardecer, procuro o ponto mais alto que conheço, a poucos kms da Vila e aguardo. Se a Vida fosse um filme, se eu fosse a heroína, esperaria um final feliz. Mas a Vida não é um filme, nem há finais felizes…

Consciente, espero, só e apenas, a tua despedida, com a certeza que voltarás amanhã…talvez me tragas um dia diferente!

Sento-me num banco de areia, o Mar lá em baixo prepara-se para acolher o Sol, eu sou apenas mais uma pequena areia que assiste à Passagem. A Pipoquinha encosta-se a mim, trazendo-me conforto e calor [está frio, sinto um frio de gelar!]. Semicerramos os olhos perante a imensa claridade, os salpicos e o vento. Nesta mistura de Elementos, através da janela aberta do carro, chega-nos a Voz…




Delicio-me, julgo que foi enviada pelos Deuses e acredito que sim, é, afinal, “Fácil de Entender”…


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