"Na noite em que voltaram a enfrentar uma plateia, os The Gift mostraram as cores das suas novas canções no Teatro Tivoli. O primeiro de cinco concertos na sala lisboeta, esta quinta-feira, revelou o quarto álbum, «Explode», e as várias tonalidades desta nova fase da carreira da banda."
(...) "Após a edição de "Fácil de Entender" (2006) a banda percorreu todo o país numa digressão longa que também passou por vários países europeus - especialmente Espanha onde tocaram ininterruptamente nos últimos anos - pelos Estados Unidos ou pelo Brasil.
Sem levantar o véu sobre o aguardado novo disco, sobre a estética associada a esse disco ou sobre a aguardada data desse lançamento - apenas se sabe que está previsto para 2011 - The Gift prometem apresentar um espectáculo único, irrepetível e especialmente produzido para o renovado e maravilhoso Teatro da Trindade.(...)"
Sónia Tavares e Nuno Gonçalves (The Gift), Paulo Praça (Plaza) e Fernando Ribeiro * (vocalista dos Moonspell) formaram os Hoje, elaboraram o álbum de tributo a Amália Rodrigues em Abril de 2009, homenageando os 10 anos da sua morte. Foi o álbum mais vendido no ano passado (80 mil exemplares) e vê-se [ou ouve-se...] porquê...
Os Hoje derrubaram o conceito de pop-brega, despiram o xaile negro ao fado, pousando a guitarra portuguesa e envolveram-no na poesia do piano.
Os Hoje estão vivos, excelentes e recomendam-se.
* O cariz poético de Fernando Ribeiro, que tem dois livros publicados, comprovando o seu respeito às palavras, permitem que comunique a veia heavy metal como ninguém…prende-me, assumo.
Desafiando os planos estabelecidos, rumo à Vila com a Pipoquinha por companhia. O apelo do Sol é demasiado forte para lhe resistir [e quem quer resistir?!]. Percorro o trajecto em “piloto-automático”, absorta em divagações e pensamentos…como é hábito!
Na Vila, as horas sucedem-se, velozes, entre acenos e cumprimentos, os “melrinhos”, que sempre me recebem com satisfação…e este Mar, o meu Mar à minha espera, sempre, sem perguntas, sem julgamentos, mas com sorrisos transformados em espuma.
Ao entardecer, procuro o ponto mais alto que conheço, a poucos kms da Vila e aguardo. Se a Vida fosse um filme, se eu fosse a heroína, esperaria um final feliz. Mas a Vida não é um filme, nem há finais felizes…
Consciente, espero, só e apenas, a tua despedida, com a certeza que voltarás amanhã…talvez me tragas um dia diferente!
Sento-me num banco de areia, o Mar lá em baixo prepara-se para acolher o Sol, eu sou apenas mais uma pequena areia que assiste à Passagem. A Pipoquinha encosta-se a mim, trazendo-me conforto e calor [está frio, sinto um frio de gelar!]. Semicerramos os olhos perante a imensa claridade, os salpicos e o vento. Nesta mistura de Elementos, através da janela aberta do carro, chega-nos a Voz…
Delicio-me, julgo que foi enviada pelos Deuses e acredito que sim, é, afinal, “Fácil de Entender”…
Talvez por não saber falar de cor, imaginei. Talvez por não saber o que será melhor, aproximei. "O meu corpo é o teu corpo, o desejo entregue a nós". Sei lá eu que queres dizer... Despedir-me de ti, adeus um dia voltarei a ser feliz... Talvez por não saber falar de cor, aproximei... Triste é o virar de costas o último adeus, sabe Deus o que quero dizer. Obrigado por saberes cuidar de mim, tratar de mim, olhar para mim, escutar quem sou... E se ao menos tudo fosse igual a ti. Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor, já não sei se sei o que é sentir. Se por falar falei, pensei que se falasse era mais fácil de entender... É o amor que chega ao fim, um final assim, assim é mais fácil de entender...
(Sem comentários, simplesmente maravilhoso, para ouvir todos os dias)