sábado, 19 de março de 2011

Outra vez?!






"Os advogados portugueses já recebem "provas" de infidelidade retiradas do Facebook para usar em processos de divórcio litigioso. Cerca de um terço dos processos de divórcio em Portugal já usa este tipo de provas."
Facebook responsável por um terço dos divórcios



O assunto voltou às bocas do povo ou não há mesmo (mais) nada que dizer??

Vou repetir-me (ai, será o alemão a ‘bater-me à porta’?), porque a problemática fascina-me: se os relacionamentos estiverem bem de saúde, sólidos e recomendam-se, não há rede, virtual, real ou whatever que os afecte. Aqui, não há meias-medidas: chama-se Confiança - ou há ou não há. Simple as that…

A Confiança é o único bem irrecuperável: podemos recuperar a juventude e a beleza (ginásios, botox’s e liftings em acção), a saúde (compra-se, não tenham dúvidas), a riqueza (nada mais efémero que o dinheiro…ah, talvez o Amor), a família e os amigos (as zangas fazem parte do dia-a-dia, o importante é resolvê-las e ponto final-parágrafo)…a lista seria imensa, mas acredito, convicta, que a Confiança é irrecuperável.


Vai dai (esta expressão é do mais português que há…se alguém conhecer a tradução - à letra não vale, tá? -, em qualquer língua que seja, por favor, informe-me…ficarei eternamente grata!) e de acordo com o artigo, enquanto um cônjuge (também gosto muito desta palavra…tanto que raramente a escrevo correctamente à 1ª…) dorme , o outro (cônjuge - repito-a apenas pelo prazer único de a escrever, agora, sem enganos…) “conversa” (vulgo “tecla”) com “um/a amigo/a“… E eu, que sou um ser tão, mas tãoooo naif, pergunto-me: “E dai?” Salvo a distância física, é o mesmo que estar a tagarelar na esplanada (pois, eu e as esplanadas temos um profundo flirt…coisa de lisboeta, que fazer?!) com amigos/as de longa data ou apenas aqueles que a Vida coloca no nosso Caminho, do “bom dia, boa tarde…” (e este singelo “bom dia, boa tarde” vai ganhando proporções e blábláblás, dando lugar a um almocinho, uma confissão, quiça um cineminha, as conversas são como as cerejas, mas melhores porque não têm caroço…e nada mais acrescento, imaginem se quiserem (ou não!)

Por outro lado, consta-se que o Facebook tem não sei quantos milhões de utilizadores (quem não souber e tiver interesse, google it, porque eu dispenso tais perdas de tempo), o que é facilmente justificável com a duplicação de perfis…cada utilizador terá, no mínimo, 2 perfis: o real e…o outro (ia definir este como “aquele que rende”, mas achei melhor não o fazer…oops!).

Outro dia, talvez me apeteça dissertar sobre um e outro…”vai pró lado B” ou “já cá estás? Vieste de avião?” É uma correria, mas...estou habituada.

A conclusão que pretendo alcançar é: giro, giro seria “cônjuges à séria” enrolarem-se (se não for o melhor termo, utilizo “aproximarem-se“…é como quiser!) sem saberem, ao abrigo dos “perfis-mask“… tradução: que os respectivos perfis-mask e “ocultos” se encontrassem e (des)enrolassem…só para confirmar a teoria de aumento de número de “divórcios” à conta do (inofensivo) Facebook.

Não percebeste nada?! Mesmo assim…“faz-me um laique”…ou 2 ou 3!

2 comentários:

JCA disse...

tenho algumas dúvidas quanto à admissão de certas provas...

mas hoje quem se quer divorciar... divorcia-se, já que hoje o divórcio é sem o consentimento do outro cônjuge.

a culpa não é das redes sociais, mas da forma como as pessoas gostam de mentir umas às outras

JCA disse...

duvido que os advogados portugueses usem as "provas" vindas do facebook...

a única razão para o divórcio é o casamento, tudo o resto são desculpas!