terça-feira, 24 de maio de 2011

Preciosidades








No fim-de-semana, ocorreu um contratempo. Sou pouco dada a “contratempos”, tenho sempre um plano B na manga. Sou assim, a chamada preventiva. Mesmo com o ar mais descontraído do Mundo (e arredores!), quem me conhece sabe que tenho sempre um recurso. Não sei se é bom se é mau, nem me interessa, apenas ofereço confiança…haja o que houver, “ela” já pensou em tudo.

Neste caso, correu-me mal, não dependia de mim: apesar de me debater até à exaustão (e se sei ser argumentativa!), recebi um “impossível” como resposta, que me deixou a rosnar: não há impossíveis, há oportunidades.

Objectivando, o contratempo foi com o meu bebé de 4 rodas, aliás, prontamente resolvido mal cheguei à Cidade…sempre que regresso de qualquer sítio, por menor ausência, acaricio o capot, murmurando: “A mãe chegou…” e iria jurar que ele pisca os olhinhos, tal como o outro que o cinema celebrizou...

Num dos muitos argumentos utilizados (na árdua tentativa de resolver o contratempo na Vila, fosse a que custo fosse), citei a Preciosidade, o outro bebé, que descansa, calmamente, na
garagem, de portas blindadas: o Clássico, verde inglês e cromados a brilhar, de 2 lugares e muita garra… A Paixão…não há palavras para descrever A Preciosidade. Não tem as modernices actuais, não acende luzes nem pisca mostradores e, sobretudo, não grita comigo.

Apenas e só, é um carro. Melhor, é A Preciosidade…F. “apaixonou-se” por ele também (quem sabe, primeiro por dele do que por mim…), adoptando-o, conservando-o e estimando-o melhor que eu. Quando necessário, recomenda-me: “não te esqueças de O pôr a trabalhar…”,
não esqueço, dá-me prazer levantar a porta da box e ligá-lo, ouvir o ronronar forte, seguro e tranquilo. Relembro quando o utilizava, faz muitos, muitos anos, quando se podia circular com qualquer viatura, sem despertar demasiadas (e indesejadas!) atenções…Actualmente, impera o “quero o mais discreto possível, que ninguém olhe para mim, só me interessa a alma…e que ande... se for necessário, que seja veloz...como o vento”. Agora, a Preciosidade circula três ou quatro vezes por ano, mas sempre em Glória, atraindo olhares de admiração pelo seu esplendor daqueles que realmente sabem reconhecer um’A Preciosidade.

É sobretudo nas madrugadas amenas que sinto uma vontade irresistível de assistir ao nascer do sol, no ponto mais alto da Cidade, virada para o Tejo. A Preciosidade a percorrer as ruas quase desertas, a saborear a brisa da manhã e esperar pelo Sol.

Neste encadeamento, há filmes que não posso perder…Gozam-me, troçam-me, é uma mancha no meu curriculum (ai, fico tão ralada!)… mas esquecem-se que já vi tanto, mas tanto filme em bom, que me permito ver o que me apetece, puro entretenimento, pura adrenalina…e ninguém tem nada com isso!


Velocidade Furiosa 5 / Fast Five

De: Justin Lin / Com: Paul Walker, Vin Diesel, Dwayne Johnson, Jordana Brewster 131 min.
Sinopse: Após terem sido cúmplices na libertação de Dominic Toretto (Vin Diesel), a sua irmã Mia (Jordana Brewster) e o ex-polícia Brian O''Conner (Paul Walker) são também procurados pela polícia. Agora, a viver no anonimato na cidade do Rio de Janeiro, os três tentam um último golpe com o propósito de reconquistar a liberdade. Contudo, mesmo longe do seu país, acabam perseguidos pelo agente do FBI Luke Hobbs (Dwayne Johnson), um homem determinado a fazer cumprir a lei a qualquer custo. Mas chegado ao Brasil, Hobbs percebe que a lei nem sempre está do lado da justiça e que, neste caso, terá de confiar na sua intuição se quiser encontrar os verdadeiros criminosos. Realizado por Justin Lin, é o quinto filme da saga "Velocidade Furiosa", dedicado aos adeptos do "tuning" e do "drift racing" - uma sucessão de acelerações com o conta-rotações no limite, travagens bruscas e derrapagens controladas -, desta vez com o Rio de Janeiro como cenário. No elenco, o português Joaquim de Almeida.


Já sei que os rapazes caíram num pote de esteróides (tal como o Obelix). Já sei que não pronunciam 2 frases seguidas…sei tudo e muito mais: sobretudo, garantem-me 2 h de descanso, adrenalina e deslumbramento – não é pedir demais!
Contrariamente ao esperado, a história até se compõe, num recurso ao argumento de Ocean Eleven. Assim, o argumento está bem conseguido, dentro da categoria, atenção. Quanto ao resto…esqueça o preconceito e espreite…se for capaz!




 

1 comentário:

Anónimo disse...

O carro terá sido a melhor coisa a que acedemos entre o comboio e o avião.
Proporciona conforto, privacidade, estatuto social e velocidade.

Como a manutenção que exige é progamável e tão agilizada, afinal o nosso querido gadget está sempre perto de nós, ali, à mão de semear, tocar e deixar-se ocupar para que a volúpia seja ela mesma, um prazer inexcedível, inesgotável.

Uma delícia.

bjs