Olhei o farrapo de sol que me enviaste hoje. Lá de longe, além do Equador.
Apanhei-o, dobrei-o, aconcheguei-o ao peito, entre as mãos trêmulas. E sorri [ quantas vezes sorrio, só de pensar em ti?]
Desfez.se em mil centelhas de luz, floresceu o meu jardim, salpicou as minhas rosas brancas.
Que cor tem o vento?
"Tem a cor dos teus olhos, esses olhos castanhos tão azuis quanto o mar. E que ficam cinzentos quando o vento de apanha as madeixas de cabelo e te conduz para mim".
É Pégaso que se aproxima e me leva, por céus longínquos e castelos de nuvens [ouço-te murmurar o meu nome] até às terras quentes e alaranjadas... para lá do Equador.
Onde o Sol é mais que um farrapo.
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