Não sei se foi a economia, a agressividade do meio ou o diabo-a-quatro. O teu humor mudou, a alegria quase desapareceu, dando lugar à amargura e ao cansaço.
Queria-te igual, mas tu mudaste.
Mudaste até de planeta.
Se me distraio, a dor desce lentamente nos contornos dos ressentimentos.
"Quem bem te amar, faz-te chorar".
Onde está o prazer de nos deitarmos em lençóis de confiança?
Onde está o conforto da cumplicidade escorrida entre dedos circenses e entrelaçados?
Onde está o misticismo do "olho-para-ti-e-sei-exactamente-o-que-estás-a-pensar"?
Queria-te igual... mas tu mudaste.
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