terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Em reconstrução...



Recebi este mail de uma amiga que muito estimo [e partilhei-o com as pessoas que me são queridas]:


Concentre-se nesta frase:

"Para ter algo que nunca teve, é preciso fazer algo que nunca fez."
Quando Deus nos tira alguma coisa, Ele não está nos punindo, simplesmente está abrindo nossas mãos para que tenhamos como receber algo melhor.
Algo muito bom, que você já está esperando há algum tempo.

Mas antes, leia o que está escrito abaixo.



Chega uma hora na vida em que você descobre:

Quem interessa,
Quem nunca interessou,
Quem não interessa mais...
E quem ainda vai interessar.
Portanto, não se preocupe com quem já fez parte do seu passado; há um motivo para não estarem no seu futuro.
Mande essas flores para todo mundo de quem quer estar perto em 2010.



É hora de reconstruir. É sempre hora de dar a volta por cima e cabe a cada um de nós saber fazê-lo, misturando sentimentos contraditórios: ora de revolta, saudade, desespero e tristeza infinita, ora de carinho, amizade, afecto e gargalhadas.
Não quero carregar com “batatas podres”. Quero [e posso!] saber escolher a minha “onda perfeita” e vivê-la em plenitude.
(…)
Na noite, o Chiado chama por mim. Sinto um forte apelo, estou perigosíssima…Encerro este dia, “correndo” com J1, o coleguinha diz-me que está estafado [“cruzes, estamos a trabalhar há 2 dias…e és um miúdo, for God sake!”: “olha, para mim, pareço um zoobie, há praticamente 2 noites que não durmo nada e estes dias têm sido um horror, a todos os níveis…estou com muito mau aspecto?”, “Não” – sossega-me. “’Inda bem! Olha…como vamos de amores?” – referindo-me à namorada, que me apresentou há poucas semanas. “Ui, as mulheres…quanto mais altas, mais difíceis: são como as macieiras!” – largo-me a rir com as expressões desta malta mais nova…”Mas” – insisto – “está tudo bem?”, “Está, vamos ao cinema ver
Terapia para Casais “, "Atenção" – recomendo de dedo em riste – “não é tão light como possa parecer… e não te esqueças que o chefe quer “aquilo” pronto, até amanhã de manhã”. – lembro-lhe, ameaçadora. “Deve estar com uma sorte…não chego a casa antes das 11 h”. “Isso é contigo” – termino – “fui…o Chiado chama por mim…”].
(…)
O ambiente do Chiado é uma paixão: sou brindada com a presença de 6 senhores agentes [estes novos agentes, de boné e blusões almofadados, com a palavra POLICIA escrita a branco, são um colírio para a cidade], mirou-os à distância: “Ui, que coisa, valha-me Deus! E logo à meia dúzia…”. Ao passar por eles [e também não parecem desagradados com a minha presença !], acompanho as suas reacções com a visão periférica e faço uma careta, de brincadeira: se estivesse aqui com as minhas amigas, não faltariam as “bocas” [mas muuuuito discretas…], do tipo “Prenda-me, prenda-me, por favor…estou prestes a cometer um crime!”
As compras “chamam” por mim. Digam o que quiserem, uma mulher precisa de compras, de renovar o look, de ser vaidosa, de quer estar bem…e eu quero e posso! A nova colecção é um bálsamo: quero cores vivas, tecidos suaves e macios, quero vida. E tenho-a através de “uma coisa” nas minhas cores favoritas: isto será uma túnica…ou um vestido, ainda não sei! De alcinhas, leve a fresco, de costas e peito livre, perfeita para a Vila. Outras peças fazem-lhe companhia, deito a mão a tudo que gosto, estou um perigo! E divirto-me, divirto-me imenso com os meus pensamentos: umas botas pretas até às virilhas não serão propriamente o meu estilo, nem me atrevo a tocar numas calças de renda preta e muito menos em vernizes pretos, cinzentos, roxos ou azuis…mas divirto-me imenso. Na secção de lingerie, apelo ao zeloso empregado que vá dobrar a roupinha para outra secção, é um miúdo, mas é-me desconfortável escolher estas peças na sua presença. Como por telepatia, consigo “deslocá-lo” e escolho à minha vontade. Quando dou por mim, mal posso com o peso da roupa e este é o indicador de que devo parar.
(…)
Não estando ainda satisfeita (who care’s?), livros, preciso de livros, os melhores amigos. Nada mais nem nada menos que 6 e cada lombada tem a espessura de 3 dedos…agora, não posso mesmo com o peso dos sacos [apesar de estar algumas centenas de euros “mais leve”!], nem com os pés! Ai os meus pés [a Vaidade é um pecadinho…], raça dos sapatos, doem-me para caramba, é hora de encerrar “o banho de loja”.
Graças ao futebol, anda-se bem na rua, estimo que até lá para as 10 h haja sossego. Não sei que horas são, nem que ninguém me diga…Poderei estar estafada, semi-desesperada, retocada com pós coloridos e mágicos para compor e esconder sulcos de lágrimas…mas estou em reconstrução…só e apenas.

2 comentários:

maria teresa disse...

Sim senhora! Grande surpresa! Não a via a escarafunchar nas peças em saldo (ou não foi em saldo?)! Pecinhas novas! Sua vaidosa! E eu cheia de "inveja"! Tem cá um folego cansei-me só de a ver nas compras. Ufa! Tenho que descansar um pouquinho.
Abracinho

Ana Alvarenga disse...

Nova estação,Maria Teresa :)Roupinha colorida, de tecidos leves e suaves... a projectar a Primavera. Mimos, muitos mimos...porque nós todas merecemos! Beijo Grande