[referente a ontem, um daquele dias, em que se “destacam” as minorias…e irrito-me solenemente com a discriminação… mas seja, adopto a postura proactiva – própria dos grandes momentos – e encaro-o com um “agradozinho para adoçar a boca”. Rauf-Rauf!]
Uma Manhã. Uma Prenda. Uma Homenagem. Uma Reflexão.
Um homem que escreve assim…Um homem que pensa [nem que seja só às vezes…] … Um homem que consegue, realmente, amar as mulheres…
Transcrevo-a, na íntegra, saboreando cada palavra:
O que sempre soube das mulheres, mas tive à mesma de perguntar
by Rui Zink (professor e escritor)
Tratam-nos mal, mas querem que as tratemos bem.
Apaixonam-se por serial-killers e depois queixam-se de que nem um postalinho.
Escrevem que se desunham.
Fingem acreditar nas nossas mentiras desde que tenhamos graça a pregá-las.
Aceitam-nos e toleram-nos porque se acham superiores.
São superiores.
Não têm o gene da violência, embora seja melhor não as provocarmos.
Perdoam facilmente, mas nunca esquecem.
Bebem cicuta ao pequeno-almoço e destilam mel ao jantar.
Têm uma capacidade de entrega que até dói.
São óptimas mães até que os filhos fazem 10 anos, depois perdem o norte.
Pelam-se por jogos eróticos, mas com o sexo já depende.
Têm dias.
Têm noites.
Conseguem ser tão calculistas e maldosas como qualquer homem, mas com muito mais nível.
Inventaram o telemóvel ao volante.
São corajosas e quando se lhes mete uma coisa na cabeça, levam tudo à frente.
Fazem-se de parvas porque o seguro morreu de velho e estão muito escaldadas.
Fazem-se de inocentes e (milagre), por esse acto de vontade, tornam-se mesmo inocentes.
Nunca perdem a capacidade de se deslumbrarem.
Riem quando estão tristes, choram quando estão felizes.
Não compreendem nada.
Compreendem tudo.
Sabem que o corpo é passageiro.
Sabem que, na viagem, há que tratar bem o passageiro e que o amor é um bom fio condutor.
Não são de confiança, mas até a mais infiel das mulheres é mais leal que o mais fiel dos homens.
São tramadas.
Comem-nos as papas na cabeça, mas depois levam-nos a colher à boca.
A única coisa em nós que é para elas um mistério é a jantarada de amigos – elas quando jogam é para ganhar.
E é tudo. Ah, não, há ainda mais uma coisa. Acreditam no Amor com A grande, mas, para nossa sorte, contentam-se com pouco.
(Robert Doisneau)
[só para ler este texto e, por instantes, acreditar, enfim, já valeu a pena!]
Sem comentários:
Enviar um comentário