terça-feira, 3 de abril de 2012

Livrai-me dos Mentirosos (#1)



"A Comissão Europeia  não descarta a possibilidade de os cortes nos 13.º e 14.º meses para a função pública e pensionistas assumirem caráter permanente, embora assevere que tal cenário ainda não foi discutido.

(...)

Na altura da apresentação do Orçamento, o ministro das Finanças garantiu que o corte dos subsídios "só pode ser transitório. O corte é temporário, [existirá] durante a vigência do programa de ajustamento [negociado com a Troika], esse período acaba em 2013", disse Vítor Gaspar numa entrevista à RTP."


Deve ser karma, mas sou avessa à Mentira. Não à mentirinha-de-treta, mas à grande e destruidora Mentira, que corrói tudo ao seu redor. Algumas, até tento compreender (conceito diferente de aceitar): são as "apaziguadoras", manter os ânimos leves e motivados porque a Verdade iria despoletar a dor antecipada.

A supressão dos subsídios de férias e de Natal desde logo garantiu que, uma vez retirado, jamais voltarão a vigorar. A mesma certeza é aplicável à suspensão de dias-feriados. "Bye-bye, até nunca mais". Vamos lá saber o motivo de tal magnífica e brilhante ideia, quando todos concluímos que a não-produtividade está nos gestores, porque "gerem mal", administram mal as empresas, o tempo, os recursos e todos os meios e ferramentas ao seu alcance e não nos funcionários que, muitas vezes, são obrigados a compactuar com más decisões, regressando a casa revoltados, inconformados, fechados num encolher de ombros, derrotados. Mas isto sou eu que digo e não tem importância nenhuma.

Tal como a engonhice do corte dos referidos subsídios à privada, que anda na forja e o próprio PR não descansa enquanto não o implementar, empobrecendo mais um pais que naufragou e, agora, morre na praia.

Assim, a Mentira mantém-se como um saco de soro na veia do português moribundo... quando terminar, o saco não será substituído, o suporte é-nos retirado, deixando de nos alimentarem, perecendo desidratados e desnutridos.

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