03.11.2010 - 18:50 h
- “Onde estás?
- “ Mesmo a chegar…a menos de 5’… onde estás?”
- “Então, anda. Já escolhi as entradas…”
- “Vou a voar…” - desligo, e de sorriso estampando no rosto, caminho, veloz, entre a multidão.
Subida rápida pelas escadas rolantes, paragem (obrigatória!) na tabacaria - porque a noite promete - mais um lance de escadas volantes, antecipando um sorriso de satisfação.
Vejo-a na esplanada do restaurante. Atravesso-o, distribuindo “boa noite” a quem tenta deter-me [sei o que quero e, melhor ainda, sei o que não quero: que nada nem ninguém nos perturbe,], faço-me anunciar nas suas costas, cantarolando: “I walk in the way…”
E o abraço trocado traduz as saudades, a satisfação de mais um reencontro…que não se exprime por palavras!
Entre ementas e tagarelices… “estás tão gira!”, “está uma noite bestial, já viste a sorte que temos?!”, blábláblá, indiferentes aos transeuntes que nos observam, curiosos…tagarelices e traquinices nossas… de nós, de Vale de Loucos, de tudo…segredinhos de miúdas, muitas gargalhadas cúmplices (enfim, não são grandes segredos, afinal, são apregoados numa esplanada…mas são nossos!)
(…)
O Pavilhão está a abarrotar: os bilhetes, adquiridos em Abril passado (!!) ganham agora vida (quando, uma semana antes, a Cris me disse que o bilhete andava algures na bagageira do BM preto… eu ia tendo uma apoplexia! Só porque conheço aquela bagageira…de ginjeira…onde há de tudo, mas tudo mesmo, como na farmácia!)
A 1ª parte é assegurada (e que bem!) pelos Naturally7, com sons da Motown, que nos fazem sonhar… podem regressar, com um espectáculo só deles, que iremos ver!!!
No intervalo, brinco: comento os grupos de garotas que esperam o seu ídolo, comento os grupinhos de rapazes que permanecem para ver as garotas que vieram assistir ao Michael Buble (alguns riem-se dos meus comentários, sabem que tenho razão…).
E quando as luzes se acendem… a multidão delira!
Todo o concerto é de sonhar e reviver músicas clássicas, imortais em todas as épocas…grandes sucessos como Everything, Home e Haven’t Meet You Yet conduzem, de facto, ao êxtase.
Michael (com)porta-se como um gentleman que, de facto, é, dando ao público o que este quer ouvir; esbanja simpatia e simplicidade. A imensa assistência encontra-se absolutamente rendida, incluindo eu, que ia apenas para fazer companhia e desfrutar de (mais) uma noite em beleza (e eu lá deixo um/a amigo/a desamparado???).
Promete voltar… quando acontecer, lá estaremos!
Este post demorou (quase) 2 meses a ver a luz do dia porque havia muito mais para dizer!